segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mindtricks.

Frequentemente me deparo com a minha mente mirabolando centenas de hipóteses sobre quais seriam os próximos passos daquela pessoa ou o capítulo que se segue na história. Eu consigo lidar com isso .. Minha ansiedade não é tão problemática assim.
Mas .. e quando isso não acontece?! E quando não há espaço para se completar e o fim é aquele que se impôs daquela forma e naquele momento mesmo?!
O fim está ali, escancarado, e eu não consigo ver. Na minha esperançosa mente, nada nunca acaba. Sempre tem aquele "..." no lugar do ".". 
Isso é um problema, meus amigos. E que grande problema!

Eu nunca consigo obter o fechamento de nada porque meu querido "eu" se recusa a encerrar esse capítulo. Eu continuo vivendo como se aquilo ainda fizesse parte de mim, da minha vida e não apenas parte de minha história.
O passado, pra mim, é uma coisa muito confusa. Normalmente as pessoas tem problema com o futuro; eu, tenho problemas em entender o passado. Weird, right?!
Acho que talvez seja por isso que eu não consiga lidar com os pontos finais. O importante da história, na minha concepção, nunca é o final. Eu sempre fico mais ligada às memórias do início ou ao momento presente, que se constrói no passado. Acho que eu tento me desapegar do passado inconscientemente, por isso tenho cada vez mais problemas de memória. Mas ao mesmo tempo, não consigo viver no futuro, como muitos fazem. E não se enganam, quase ninguem vive no presente. É muito difícil ser sem saber de onde você veio ou pra onde você vai. Preferimos nos segurar na concepção ou no planejamento do que no existir, em si.
Não sei se viver assim é estar em constante retrocesso.
Talvez eu realmente não queira aceitar certos "finais"; talvez eu não esteja pronta para eles. Mas eles aconteceram e irão continuar acontecendo independentemente de mim.

Dizer adeus é inserir o ponto final.
Eu me recuso.
Mas eles dizem mesmo assim.